Com o advento do vertiginoso crescimento econômico do Brasil
na última década e do promissor prognóstico, a disciplina direito empresarial
tende a se apresentar cada vez mais presente no cenário acadêmico mas
principalmente no aspecto técnico da prática da advocacia.
Tendo como base uma movimentação de mais de
U$1.000.000.000,00 em escritórios americanos e a preocupação dos mesmos com a
liberação do mercado brasileiro no que tange a advocacia empresarial,
pergunta-se o que deve estar acontecendo no mercado brasileiro¿
Várias empresas produzem mais, em termos financeiros, do que
muitos países pequenos como, por exemplo, a Walmart, Microsoft e Facebook em
comparação a Turquia, Áustria e etc…
Por trás de toda essa riqueza estão as sociedades
empresárias, que têm como ato constitutivo um contrato social ou um estatuto
social para se registrarem e possuírem personalidade jurídica. Ademais, nessa
era de grandes reorganizações societárias, os atos de fusões, incorporações e
cisões tendo como exemplo o Itaú/Unibanco e Sadia/Perdigão e etc., sempre
necessitam de uma boa assessoria jurídica, com profissionais qualificados para
discutir esses aspectos técnicos.
Com o crescimento vertiginoso de pessoas físicas como
investidores no mercado de capitais há um aumento de conflitos de interesse no
âmbito extrajudicial (junto a Comissão de Valores Mobiliários) e judicial, com
a propositura de várias demandas envolvendo diferentes matérias.
É um mercado onde poucos dominam essas habilidades. O
operador do direito empresarial deve mudar a ótica e perceber melhor a lógica
do funcionamento das empresas.
O Direito Empresarial abre um leque muito grande de atuação
para o advogado e está mais próximo das pessoas do que se imagina, seja no
cotidiano, como a emissão de cheques, duplicatas frias, assinaturas falsas, ou
em casos mais específicos como a proteção de um marca (ex: coca-cola) ou uma
patente (ex: GE), elaboração de contratos de locação não residencial envolvendo
shopping Center (mais de 200 no Brasil) e franquias (mercado que movimenta mais
de R$40 bilhões por ano).
Não é só o aspecto que envolva litígios ou problemas mas
também a questão da técnica a ser aplicada aos contratos para que se possa ter
a prestação de um serviço de qualidade.
Com o constante advento de leis atuais, inovadoras e
motivadoras voltadas para o consumidor e produtor nacional, cada vê mais cresce
o número de empresas que se formalizam e passam por dificuldades.
A legislação falimentar é um bom exemplo da realidade que o
país atravessa, trazendo o mecanismo da recuperação judicial e extrajudicial, a
fim de possibilitar que o empresário individual e as sociedades empresárias
possam manter a sua unidade produtiva, gerando empregos e pagando os seus
tributos, sendo uma excelente ferramenta para fechar acordos com credores e
criar alternativas variadas para a empresa em crise.
A técnica jurídica é imprescindível para atingir esses
objetivos, sobretudo a que envolve o Direito Empresarial.
Ricardo Fontes Macedo
Advogado e Professor Universitário
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